quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Para entender a Guerra na Síria

Guerra Civil Síria é um conflito interno em andamento na Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares em 2011 e progrediu para revolta armada, influenciados por outros protestos simultâneos na região. As manifestações populares por mudanças no governo foram descritas como "sem precedentes". Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país. O governo sírio diz estar apenas combatendo "terroristas armados que visam desestabilizar o país".

 A Síria tem estado em estado de emergência desde 1962, que efetivamente, suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos. Hafez al-Assad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos. Os protestos começaram em frente ao parlamento sírio e a embaixadas estrangeiras em Damasco.


 A luta armada então se intensificou, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores. Em 15 de julho de 2012, com grandes combates irrompendo por todo o país, a Cruz Vermelha internacional decidiu classificar o conflito como guerra civil (o termo preciso foi "conflito armado não-internacional") abrindo caminho à aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e à investigação de crimes de guerra.


Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião. O resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou sendo de centenas de mortes, a grande maioria de civisMuitos militares se recusaram em obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do governo por isso. No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio.


No último golpe de estado, Hafez al-Assad tomou o poder como presidente, liderando o país por 30 anos e proibindo a criação de partidos de oposição e a participação de qualquer candidato de oposição em uma eleição.
Em 1982, durante um clima de insurgência islâmica em todo o país, que durou seis anos, Hafez al-Assad aplicou a tática da "terra arrasada", sufocando a revolta islâmica da comunidade sunita, incluindo a Irmandade Muçulmana, entre outros. Durante essas operações, milhares de pessoas morreram no massacre de Hama.
O presidente Bashar al-Assad se encontra no poder desde 17 de julho de 2000, sucedendo seu pai, Hafez al-Assad. Seu partido atualmente domina a política síria, incluindo o parlamento.

A situação dos direitos humanos na Síria também era considerada deplorável, conquistando várias críticas de organizações estrangeiras. O país ficou sob estado de exceção de 1963 até 2011, o que dava as forças de segurança a autoridade de prender qualquer um que quisessem sem declarar um motivo. Movimentos pró-democracia liderados, na maioria das vezes, pela Irmandade Muçulmana, foram mal recepcionados pelo governo que reprimia qualquer manifestação de oposição. Todos os partidos políticos foram banidos da Síria, fazendo do partido do governo o único a concorrer nas eleições.
Pelo menos 17.129 pessoas já foram mortas em 16 meses de rebelião contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O grupo, ligado à oposição, disse que pelo menos 11.897 mortos eram "civis", mas acrescentou que é impossível determinar quantos deles poderiam ser combatentes na insurgência armada comandada por militares desertores.


= OPINIÃO = 

Esta é mais uma noticia que se repete á pouco mais de 50 anos, que a cada ano só piora. Então, vemos mais uma vez, a política seguindo a ideologia oposta dos cidadãos de seu País, sem procurar meios pacíficos de negociação, com condições que não permitem o uso irracional de uma violência tão bruta, á ponto de deixar civis e militares resolverem de forma fatal, o que os políticos aprontam e depois não conseguem conter a desordem...

E, de novo, vemos líderes políticos tentando ser superior á Deus, de forma autoritária  não democrática, sem participação popular, seguindo á risca a ditadura.

Civis, morrendo com lutas pela liberdade, lutas vãs.
Quantos ainda morrerão para conseguir a liberdade do País?
Cadê a ONU quando precisamos vê-la agir nestes momentos? 
e os Países Mega desenvolvidos, que interferem tanto negociações de outras Nações, porque    
não se metem com a segurança de cidadão como os da Síria?

Afinal, todos não querem a Paz de uma humanidade supostamente JUSTA?

Um comentário:

  1. A Siria é a porta de entrada para uma invasão ao Irã. A Otan precisa dessa porta. Então mandou comandos para dentro da Siria a fim de iniciar uma guerra civil. A ação foi bem sucedida, mas quem brinca com fogo, geralmente se queima.

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